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Dia 13 de abril é o Dia Internacional do Beijo. Por isso resolvi comemorar no Fós Grafê com os dois beijos mais fotogênicos da história da fotografia. Com certeza você já viu essas fotos, mas talvez não saiba quem fotografou e nem como fotografou. A primeira cena foi registrada pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt e batizada de O Beijo, e a segunda foi capturada por Robert Doisneau, ficando conhecida como The Kiss by the Hôtel de Ville.
Inspire-se com estas belas imagens, conheça um pouco da história delas e saia para comemorar esta data tão linda. Beijinhos pra todo mundo! ;*
A fotografia mais conhecida como O Beijo demonstra uma cena da Times Square no dia 14 de agosto de 1945. Alfred Eisenstaedt saiu para fotografar os americanos que foram às ruas para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial. Alfred encontrou um marinheiro que estava pra lá de animado e decidiu ir atrás dele, como o próprio fotógrafo conta: “No Dia da Vitória, vi um marinheiro que vinha agarrando todas as moças que encontrava. Saí correndo junto a ele com minha Leica, olhando para trás por cima do meu ombro. Então, de repente, vi alguma coisa branca sendo agarrada. Girei em torno e cliquei o momento em que o marinheiro beijava a enfermeira”.
Depois de algum tempo, a enfermeira registrada na foto foi identificada como Edith Shain, que em 1980, já com 62 anos de idade, enviou uma carta ao fotógrafo dizendo: “Nunca assumi publicamente porque podia colocar-me numa posição pouco digna. Mas agora os tempos mudaram”.
A fotografia fez tanto sucesso que estampou a capa da revista Life, que tentou identificar o marinheiro, mas não conseguiu. Apareceram 11 candidatos dizendo que eram eles o beijoqueiro, o que não seria totalmente mentira, porque vários marinheiros festejaram o fim da guerra beijando as garotas que encontravam pela frente. (Poderíamos dizer que este também foi o Dia do Beijo, não é mesmo?)
Mas um especialista em desvendar crimes, Lois Gibson, realizou um teste de biometria e descobriu que o homem da foto era Glenn McDuffie, que tinha medo de morrer antes de ter sua identidade confirmada. Glenn contou que estava esperando o metrô quando soube do fim da guerra: “Fiquei tão feliz que saí para a rua, quando vi a enfermeira, corri para ela e beijei-a”. Ele disse também que não trocou palavra alguma com a moça, apenas um grande beijo de felicidade.
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Esta fotografia não é tão icônica como a de Alfred Eisenstaedt. Mas Robert Doisneau também conseguiu capturar um momento especial que ficou conhecido como The Kiss by the Hôtel de Ville. A cena é de uma das ruas de Paris em 1950 e foi considerada uma das fotos mais românticas já registradas. Doisneau sempre trabalhou nas ruas de Paris “roubando” momentos íntimos de muitos casais, mas esta fotografia em especial foi encenada.
Apesar disso, a imagem foi bastante aceita desde a sua primeira impressão, em 1986 (depois de permanecer guardada com o fotógrafo por mais de 30 anos). Foram mais de 500 mil cartazes e 400 mil postais impressos com a fotografia. O sucesso da foto desencadeou problemas para Doisneau, que precisou enfrentar vários processos de casais que se diziam objetos do momento registrado. Foi por isso que ele precisou admitir que a fotografia havia sido encenada por um casal que topou ser fotografado. “Eu nunca teria coragem de fotografar pessoas assim, amantes se beijando na rua. Os casais raramente são legítimos”, revelou o fotógrafo.