Conteúdo atualizado há 10 anos
Às vezes recebo alguns emails com dúvidas parecidas. E até mesmo pelo Twitter recebo mensagens de pessoas procurando algumas dicas básicas para quem está apenas começando a fotografar. Portanto, resolvi montar este post, com dicas bem básicas mesmo. Aqui falarei um pouquinho sobre tudo para que você possa ter uma base e começar a praticar os clicks. Se alguém tiver algo mais a acrescentar, fique à vontade para comentar.
1. Aproveite bem a iluminação
Tenha em mente que a melhor luz disponível é natural, vem do sol. Abuse dela sempre que for possível, deixando-a sempre atrás de você, para melhor proveito dos benefícios sem fazer sombras. Nunca simplesmente pegue a câmera e fotografe, analise antes de fazer o registro, um passo para o lado pode fazer muita diferença. Vale destacar também que a luz difusa de um dia nublado é excelente para realçar cores e suavisar contornos, sendo uma boa opção para retratos.
2. Retratos
O segredo é a proximidade. Se a ideia é um retrato o que conta mais é a pessoa a ser fotografada, então não tenha medo de chegar perto. Pode tentar coisas diferentes, como cortar um pouco da parte de cima da cabeça (mas sem mantendo a harmonia). A proximidade destaca sardas, cílios, contornos do rosto e outras coisas que a pessoa possa ter de belo. O que não pode acontecer aqui (de jeito nenhum) é aquele monte de nada que costumamos ver nos retratos de família.
3. Contato visual
Quando houver pessoas na fotografia mantenha a altura do olhar delas, peça para que olhem em seus olhos antes de fazer a foto. Para fotografar crianças, ajoelhe-se, sente-se, atire-se no chão, faça o que for necessário para ficar na mesma altura que elas.
4. Necessidade do flash
Todo mundo conhece a maioria das situações em que se faz necessário o uso de uma luz artificial, mas nem todos sabem exatamente como escolher certo. O flash é necessário quando o ambiente é escuro, como forma de preenchimento em uma foto contra-luz (com uma pessoa de costas para o sol, o flash ilumina o rosto sem tirar o detalhe do sol, por exemplo). E é desnecessário quando o objeto da cena está muito próximo ou muito longe da câmera, a proximidade estoura a foto e tira todos os detalhes, a distância deixará o assunto mal ilumidado ou completamente escuro – por isso é bom ter em mente que a maioria dos flashes possuem alcance limitado, que vai de três a cinco metros.
5. Controle a cor
Para ir direto ao ponto, o controle da cor é essencialmente definido com o white balance, que aponta o que é realmente branco com determinada fonte de luz. Às vezes, o balanço automático não faz essa medição com fidelidade, por isso é interessante praticar e testar todas as possibilidades. Talvez você queira usar o white balance não para ter cores fiéis, mas para dar um tom bem alaranjado à cena, isso depende da intenção do fotógrafo. Uma cena mais amarelada pode ser agradável em dias ensolarados, acrescentando uma sensação de calor e afeto à composição. Não há regras, a ideia aqui é testar.
6. Cuidado com o fundo
Como eu disse antes, não pegue a câmera e fotografe. Antes de qualquer coisa, observe. Observe a iluminação, os elementos que compõem a cena, as configurações da sua câmera e qualquer outro detalhe que possa estar presente. O fundo é sempre importante. Cores vibrantes, linhas, fontes de luz, tudo pode atrapalhar uma boa foto se estiver presente no momento errado. Precisa de um exemplo? Evite que os galhos de uma árvore pareçam chifres em alguém.
Para descobrir como caprichar melhor com o fundo leia este artigo.
7. Enquadramento
Centralizar é o mais comum e o mais “feio” também. O movimento agrada o olhar, portanto desloque o objeto utilizando a regra dos terços para deixar sua fotografia mais interessante.
8. Imagens verticais
Deixar a câmera sempre “deitada” também não é uma regra. Quando a cena tiver linhas verticais, como farol ou escada, você pode virar a câmera para dar equilíbrio ao registro.
EXPERIMENTE!
A tentativa e o erro são os melhores professores para qualquer coisa, incluindo a fotografia. Portanto, arrisque-se.
