Conteúdo atualizado há 12 anos
Acho que a maioria das pessoas nunca ouviu falar neste termo, mas conhece muito bem o efeito proporcionado por ele. Para começar vale lembrar que Droste é o nome de uma marca holandesa de chocolates, mais conhecida por suas pastilhas de chocolate, que acabou sendo associado a um efeito visual que nada mais é que a multiplicação de uma imagem dentro dela mesma, com uma versão menor da original dentro da própria imagem.
A publicidade acima, de 1904, foi a responsável pela difusão do efeito. A ideia mesmo é ir repetindo a imagem até o infinito, como acontece quando colocamos dois espelhos, um de frente para o outro. Também pode ser considerado o casamento perfeito entre a fotografia e a matemática! Numa imagem real, o limite para distinguirmos as imagenas, só é possível ser feita com três ou quatro repetições.
Há, também, uma segunda definição para o efeito, o termo francês mise en abyme, que significa “cair no abismo”, usado pela primeira vez por André Gide (escritor francês) ao descrever narrativas que contêm outras narrativas dentro de si. Mise en abyme pode aparecer na pintura, no cinema, na literatura e, por que não, na fotografia. Um exemplo de pintura é o quadro “As Meninas”, de Velasquez, que incluiu um pequeno quadro dentro da cena (imagem abaixo).
Mas na fotografia a ideia é bem diferente, mais parecida com a da publicidade do Droste, por isso ganhou esta definição. E a intenção hoje é exatamente mostrar para vocês como esse efeito é bem executado por fotógrafos do mundo todo. Encontrei algumas imagens no Flickr para ilustrar, muitas são feitas com Photoshop, mas nem por isso desmerecem apreciação. Inspirem-se!
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