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Você é tão talentoso quanto pensa que é?

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A era digital facilitou demais a vida dos fotógrafos, isso é inegável. Mas se você for à busca dos melhores fotógrafos digitais irá encontrar infinitas opções. A demanda está caindo. Os preços, também. O número de escolas de fotografia aumenta a cada dia, na mesma proporção em que os empregos desaparecem. Se já costumava ser difícil viver só trabalhando como fotógrafo, imagine nos tempos atuais!

Tudo o que eu disse aqui são ótimas razões para qualquer um ficar resmungando, mas existe uma reclamação que se destaca da maioria: Todo mundo agora pensa que é fotógrafo! – já ouvi muito disso por aí.

fotógrafospor The Visions of Kai

Entretanto, se formos comparar a proporção de pessoas que fotografam com cuidado e vão em busca de boas imagens com o número de “apertadores de botões”, essa afirmação anterior começa a ser verdadeira. Os equipamentos de captura e edição de imagens que antes eram encontrados apenas nas mesas dos profissionais, hoje estão mais acessíveis, tanto pelo preço quanto pela facilidade online.

Já parou pra pensar como basta dar um bom equipamento e um bom assunto para qualquer pessoa que, em uma ou duas horas, apenas, você se depara com fotografias atraentes e até interessantes? Claro que cada caso é um caso, algumas pessoas têm mais facilidade que outras, mas no geral, hoje em dia, parece que quem faz as imagens é a máquina e não mais quem está olhando através das lentes.

Mas não basta que as fotografias fiquem atraentes para que você seja considerado talentoso. Isso não é o bastante!

Talento é algo que a gente recebe todo repartido, em partes desiguais, e nem todo mundo descobre suas habilidades cedo. Existem milhares de amadores que poderiam ser excelentes profissionais se tivessem entrado em contato com a fotografia quando eram mais jovens, se tivessem escolhido uma carreira diferente, se tivessem encarado a fotografia como algo além de hobby ou se simplesmente tivessem tido oportunidades diferentes…

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Registrando o Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados está a caminho. Quem gosta de fotografia com certeza irá registrar alguns momentos desta data tão especial. Então, já que a ideia é eternizar um dia feliz, que tal fugir do padrão “casal feliz” das imagens que temos com nossos amores e aproveitar para fazer fotografias diferentes e mais interessantes?

casal01por jason-nicholas

Antes de tudo é legal definir o que você deseja passar com a foto. As imagens sempre se comunicam com quem as vê, por isso estabelecer um tema/objetivo permite que você capture imagens muito mais bonitas e envolventes, já que irão demonstrar extamente o que você quiser – tentar transmitir os sentimentos que vocês têm um pelo outro é uma excelente opção. Não será apenas um clique resultante de um “Ah, vamos tirar uma foto” – entende?

O Dia dos Namorados é uma data em que costumamos capturar mais autorretratos, afinal a comemoração é feita a dois e, geralmente, não há ninguém para fotografar o casal. Isso torna a “missão” um pouco mais complicada, porque se já é difícil fazer um autorretrato sozinho, imagina com uma companhia. Com certeza muitas imagens não ficarão boas, até acertar o enquadramento, foco e tudo mais. Mas, se você tiver o tema/objetivo bem estabelecido e um pouco de paciência conseguirá capturar imagens muito mais bonitas que possa imaginar.

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A tecnologia digital deixou os fotógrafos preguiçosos?

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Hoje resolvi ouvir novamente uma entrevista que fiz com um dos fotógrafos que estão coloborando com o meu trabalho de conclusão da faculdade (aproveito para dizer que é exatamente pelo TCC que ando sem tempo para atualizar o blog como gostaria). Eu havia esquecido que ele tocou nesse assunto da era digital na fotografia.

Paulo Pinto é um fotojornalista esportivo, muito simpático, que não possui preconceito algum com equipamentos. Ele mesmo trabalha com câmeras digitais, porque precisa transmitir imagens de maneira rápida. Ele conta que depois que essa facilidade digital entrou na profissão muitos fotógrafos ficaram acomodados. Principalmente no meio esportivo, onde a maioria simplesmente dispara o obturador, faz centenas de fotos e depois só se dá o trabalho de escolher as melhores imagens. Não existe mais aquele feeling de esperar pelo momento certo.

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Uma coisa muito legal que destaca também é a diferença dos profissionais que migraram de tecnologia para aqueles que já iniciaram a carreira no meio digital. Conhecer as técnicas que as câmeras analógicas exigem é um grande diferencial na hora de realizar um bom trabalho. Paulo Pinto não faz boas fotos só porque tem um bom equipamento, mas sim porque sabe pensar uma imagem e fazer os ajustes necessários para capturar o momento da melhor maneira possível.

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A arte do Panning

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Já que há alguns dias falei sobre como capturar movimento nas fotografias, resolvi aprofundar melhor a idéia do panning, para quem ainda não conhece essa técnica.

Resumindo, panning é simplesmente o movimento horizontal da câmera, na mesma direção e velocidade do assunto que se move e que se deseja fotografar. Para quem conhece fica fácil entender, mas a maioria das pessoas sempre soltam o conhecido “hein?” depois de qualquer explicação. Mas é simples, basta compreender que o panning é fazer a câmera se movimentar em sincronia com o assunto. Continua complicado? Por isso é melhor fazer exatamente o que a fotografia faz: mostrar!

123640339 69c535f1dcpor WisDoc

Para quê serve o panning? Simples. Ele cria uma forte sensação de movimento e velocidade (a foto acima prova isso)  sem tirar o foco do assunto principal, utilizando baixa velocidade de obturador. A idéia é deixar o foco apenas no que interessa, borrando os outros elementos da imagem.

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