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Como a National Geographic trabalhava suas fotos nos anos 90

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O vídeo registra o making of de “The Sense of Sight”, um ensaio feito pelo fotógrafo Joe McNally. No total, foram 6 meses de produção e edição, com imagens escolhidas entre as milhares registradas em 1.200 rolos de filme, é impressionante!

“Não faço o que faço apenas para pegar garotas”, diz fotógrafo

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Sante D’Orazio, de Nova York, é um fotógrafo profissional especializado em nu feminino e já registrou belas mulheres como Naomi Campbell, Sharon Stone, Pamela Anderson, Angelina Jolie, Penélope Cruz e Gisele Bündchen, todas quase sem roupa ou completamente nuas. Em alguns casos ele revela que obteve um relacionamento mais do que profissional e define suas modelos como “amigas”. Muitos de seus trabalhos já estamparam grandes revistas (Vogue, Vanity Fair e GQ). Confira uma entrevista concedida ao portal Abril.com, onde o Sante fala sobre carreira, beleza feminina e sua vida profissional atualmente.

sante dorazio00Por que decidiu se tornar um fotógrafo?
Esta é uma boa pergunta, eu nunca planejei me tornar um fotógrafo, apenas aconteceu. Eu era um estudante de pintura, pintava desde garoto. Havia um senhor que vivia próximo de casa que adorava fotografar, ele perguntou se eu, como estudante de arte, gostaria de aprender fotografia. Eu tinha por volta de 18 anos. Ele acabou se tornando meu professor, meu mentor. Por quatro anos eu tive aulas particulares com ele. Quando me graduei na universidade, onde estudava arte e pintura, precisava de um emprego e o primeiro que apareceu foi com fotografia. Quatro anos depois fiz minha primeira capa da “Vogue”. Eu fui com a maré, às vezes a vida abre oportunidades e se você as segue pode acabar em lugares que nunca imaginaria sozinho.

Existem muitas diferenças na maneira como era tratado no começo de sua carreira e agora que você é conhecido mundialmente?
As pessoas sempre são legais comigo, eu sempre sou legal com as pessoas… Obviamente as pessoas hoje reconhecem meu trabalho, mas acho que você tem mais chances de arriscar quando é jovem, as pessoas te dão mais chances. Quando se desenvolve uma carreira, as pessoas também têm medo de Continue a ler »“Não faço o que faço apenas para pegar garotas”, diz fotógrafo

Entrevista – Sebastião Salgado

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Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro, concedeu uma entrevista incrível sobre o projeto que pretende mostrar a pureza do planeta – animais e lugares naturais que não foram prejudicados pelo homem.

Os mistérios da fotografia – Boris Kossoy

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Não dá pra pensar em refletir a respeito da fotografia sem lembrar do grande ‘filósofo da imagem’ Boris Kossoy. Revendo algumas coisas que tenho aqui guardadas encontrei uma edição da revista Continuum (uma excelente publicação!) que foi dedicada especialmente à fotografia – todo mês eles definem um tema diferente. Na edição de agosto de 2008 foi publicada uma entrevista que Boris Kossoy deu especialmente à revista.

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É sempre muito bom acompanhar as ideias de Kossoy para abrir nossos horizontes do conhecimento fotográfico. Afinal, a fotografia não é apenas uma imagem registrada! Achei muito legal a entrevista e, por isso, vou compartilhá-la com vocês. A leitura é um pouco longa, mas vale muito a pena. Confira, no texto de Mariana Lacerda.

Toda imagem fotográfica guarda uma, duas, três… inúmeras narrativas. Esse é o pensamento que permeia toda a obra de Boris Kossoy, paulista, fotógrafo, professor, cientista social e pioneiro ao traçar uma história para a fotografia brasileira. É dele, por exemplo, o célebre livro Hercule Florence: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil (Edusp, 3ª edição em 2007), onde conta outra versão para a história da invenção do daguerreótipo – a primeira técnica para “impressão da luz”, anunciada na França, em 1839, e atribuída ao francês Louis Daguerre. Também assina o Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro: Fotógrafos e Ofício da Fotografia no Brasil 1833-1910 (Instituto Moreira Salles, 2002). Com mais de 40 anos de trajetória profissional, Kossoy esteve à frente de curadorias e hoje é membro do conselho da coleção Pirelli-Masp de fotografia. Seu portfólio inclui imagens nas coleções permanentes do Museu de Arte Moderna, em Nova York, e na Biblioteca Nacional de Paris. Ao longo do tempo, contudo, um único sentimento atravessa todas as suas realizações: a opção pelo fantástico existente em imagens que retratam gestos simples, como uma foto de família e um olhar contido nela.

Paralelo à sua trajetória de historiador da fotografia, existe um trabalho de fotógrafo. O que veio antes?
Antes da fotografia veio o olhar de criança. Uma das fotos da minha última exposição [na Pinacoteca de São Paulo, em 2007, na qual Boris Kossoy refez os seus 40 anos de percurso pela fotografia] era a de um mato capoeira. Percebi que em muitas fotos minhas aparece aquele matinho sujo, assim como surge também a imagem do meu alter ego − que é o doutor Américo, aquele senhor pequenininho. Acho que são exemplos da persistência do olhar. Ou seja, um olhar carregado daquilo que vai sendo colocado dentro do caleidoscópio, esse que a gente carrega em cima do pescoço. Essas imagens vão se fundindo e se repetindo ao longo de minha vida.

E como passam a ganhar significado?
A imagem é diabolicamente divina. Essa é uma conclusão extra-religiosa que faço em relação à fotografia. Porque ela tem um significado para um, e revela algo diferente para outro. Além dos significados que tiveram para o próprio autor da imagem. Toda fotografia é um mundo à parte, que eu chamo de “mundos paralelos”. Esse foi o nome de uma exposição que fiz em 1998 na Bienal de Fotografia de Curitiba, em que dei uma volta para retornar à infância. Aquele matinho, por exemplo, era o olhar das primeiras imagens de que me lembro. Descobri isso muito tempo depois de fotografá-lo em situações distintas. Como também descobri uma cadeia de outros temas que têm relação com meu olhar de criança.

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