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Fotógrafos

Este espaço é perfeito para quem procura inspiração em trabalhos realizados por diversos fotógrafos do mundo todo. Aqui tem making of, projetos especiais, séries, entrevistas e tudo o mais para te inspirar ainda mais.

David Beniluz – um professor especial

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david-beniluzMuito mais que especial, eu diria. Desde 1998 o fotógrafo argentino dá aulas em um curso básico na sua escola de fotografia para pessoas portadoras de “descapacidade mental”, como ele define. Foi depois de morar um tempo no Brasil e nos EUA que, ao retornar ao seu país natal, resolveu dar aulas de fotografia para aqueles julgados “incapazes”.

David Beniluz assumiu que no começo foi difícil aceitar a velocidade de aprendizado de cada um dos alunos. Aprendeu a respeitar o ritmo, a velocidade e a maneira de cada um realizar as tarefas. “Quando comecei o trabalho, queria que eles fizessem as coisas no tempo normal, ou seja, no meu tempo. Tive de rever isso. Nem sempre o mais importante é fazer as coisas bem feitas, muitas vezes fazê-las é o importante”, revela ele em entrevista para antiga revista Fotógraphos.

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Entrevista – Sebastião Salgado

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Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro, concedeu uma entrevista incrível sobre o projeto que pretende mostrar a pureza do planeta – animais e lugares naturais que não foram prejudicados pelo homem.

O rei do HDR – Dave Hill

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Dave Hill é conhecido como o rei do estilo HDR de fotografia. Além de capturar ótimas imagens ele capricha no efeito, que também é utilizado na computação gráfica. HDR nada mais é que um grande alcance dinâmico, que possibilita valores mais escuros e mais claros dentro de uma só imagem, o que resultada em fotografias “completas”, sem perder detalhes, nem mesmo nas sombras.

O trabalho dele é realmente fascinante!! Separei algumas das fotografias que mais gostei para dar o gostinho. Mas se quiser ver mais fotografias (e vídeos) dele é só entrar no site, clicando aqui. Veja as fotos e aproveite para se inspirar. Também encontrei um vídeo (em espanhol) que explica como obter um efeito parecido com o Photoshop – há outros vídeos também, mas acredito que esse foi o que mais se aproximou da técnica de Dave Hill. Você pode assistir no final deste post.

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Os mistérios da fotografia – Boris Kossoy

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Não dá pra pensar em refletir a respeito da fotografia sem lembrar do grande ‘filósofo da imagem’ Boris Kossoy. Revendo algumas coisas que tenho aqui guardadas encontrei uma edição da revista Continuum (uma excelente publicação!) que foi dedicada especialmente à fotografia – todo mês eles definem um tema diferente. Na edição de agosto de 2008 foi publicada uma entrevista que Boris Kossoy deu especialmente à revista.

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É sempre muito bom acompanhar as ideias de Kossoy para abrir nossos horizontes do conhecimento fotográfico. Afinal, a fotografia não é apenas uma imagem registrada! Achei muito legal a entrevista e, por isso, vou compartilhá-la com vocês. A leitura é um pouco longa, mas vale muito a pena. Confira, no texto de Mariana Lacerda.

Toda imagem fotográfica guarda uma, duas, três… inúmeras narrativas. Esse é o pensamento que permeia toda a obra de Boris Kossoy, paulista, fotógrafo, professor, cientista social e pioneiro ao traçar uma história para a fotografia brasileira. É dele, por exemplo, o célebre livro Hercule Florence: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil (Edusp, 3ª edição em 2007), onde conta outra versão para a história da invenção do daguerreótipo – a primeira técnica para “impressão da luz”, anunciada na França, em 1839, e atribuída ao francês Louis Daguerre. Também assina o Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro: Fotógrafos e Ofício da Fotografia no Brasil 1833-1910 (Instituto Moreira Salles, 2002). Com mais de 40 anos de trajetória profissional, Kossoy esteve à frente de curadorias e hoje é membro do conselho da coleção Pirelli-Masp de fotografia. Seu portfólio inclui imagens nas coleções permanentes do Museu de Arte Moderna, em Nova York, e na Biblioteca Nacional de Paris. Ao longo do tempo, contudo, um único sentimento atravessa todas as suas realizações: a opção pelo fantástico existente em imagens que retratam gestos simples, como uma foto de família e um olhar contido nela.

Paralelo à sua trajetória de historiador da fotografia, existe um trabalho de fotógrafo. O que veio antes?
Antes da fotografia veio o olhar de criança. Uma das fotos da minha última exposição [na Pinacoteca de São Paulo, em 2007, na qual Boris Kossoy refez os seus 40 anos de percurso pela fotografia] era a de um mato capoeira. Percebi que em muitas fotos minhas aparece aquele matinho sujo, assim como surge também a imagem do meu alter ego − que é o doutor Américo, aquele senhor pequenininho. Acho que são exemplos da persistência do olhar. Ou seja, um olhar carregado daquilo que vai sendo colocado dentro do caleidoscópio, esse que a gente carrega em cima do pescoço. Essas imagens vão se fundindo e se repetindo ao longo de minha vida.

E como passam a ganhar significado?
A imagem é diabolicamente divina. Essa é uma conclusão extra-religiosa que faço em relação à fotografia. Porque ela tem um significado para um, e revela algo diferente para outro. Além dos significados que tiveram para o próprio autor da imagem. Toda fotografia é um mundo à parte, que eu chamo de “mundos paralelos”. Esse foi o nome de uma exposição que fiz em 1998 na Bienal de Fotografia de Curitiba, em que dei uma volta para retornar à infância. Aquele matinho, por exemplo, era o olhar das primeiras imagens de que me lembro. Descobri isso muito tempo depois de fotografá-lo em situações distintas. Como também descobri uma cadeia de outros temas que têm relação com meu olhar de criança.

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Máquina Gigante – John Chiara

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John Chiara é um fotógrafo que não se contentou com as opções comuns que temos para captar imagens e criou sua própria câmera fotográfica.