Showreel – não basta mostrar sua criatividade, tem que provocar interesse
Para quem não sabe, showreel é um tipo de portfólio em vídeo. É mais usado por designers e ilustradores, mas nada impede que fotógrafos apresentem seus trabalhos assim.
Este espaço é perfeito para quem procura inspiração em trabalhos realizados por diversos fotógrafos do mundo todo. Aqui tem making of, projetos especiais, séries, entrevistas e tudo o mais para te inspirar ainda mais.
Para quem não sabe, showreel é um tipo de portfólio em vídeo. É mais usado por designers e ilustradores, mas nada impede que fotógrafos apresentem seus trabalhos assim.
Clay Bavor, funcionário da filial Google de Londres, formado em ciência da computação, teve uma ideia interessante para divulgar a marca Google. Clay diz que gosta de ler livros, fotografar e realizar projetos artísticos complicados, o que foi comprovado com este último projeto. Ele juntou 884 fotografias diversas em alta resolução e criou um mosaico, não um tipo de cartaz com pequenas imagens, mas um verdadeiro mosaico montado com imagens individuais e de boa qualidade.
Ele conta que a principal preocupação foi precisar de uma parede grande num lugar espaçoso (para que as pessoas possam ver a imagem inteira a uma boa distância), de boas fotografias (para serem impressas num tamanho razoável) e de amigos com boa vontade para ajudá-lo a colar as fotos.Continue a ler »Mosaico Google de 884 fotografias
Em uma das minhas buscas por fotógrafos que realizam trabalhos inspiradores encontrei Flavio Demarchi, que faz fotos incríveis! A série que mais me chamou a atenção foi “Dicionário Abstrato Ilustrado”, composto por imagens conceituais, inusitadas e criativas. O legal foi perceber como o título influencia e dá sentido à fotografia, isso pode ser visto nesta série de Flavio, que possuem imagens que causam curiosidade e surpreendem pelos títulos.
Flavio contou para o Fós Grafê que o dicionário abstrato surgiu naturalmente, não foi definido previamente; foi tomando forma até que ele percebeu a série que estava nascendo “sozinha”.
“Sempre tive costume da dar nomes simples às imagens conceituais que crio. Foi algo institivo, mas acredito que dessa maneira forneço uma linha de entendimento, ao mesmo tempo que dou espaço suficiente para que cada um entenda o que quiser dentro da rota interpretativa. Um tempo depois percebi que estava formando um vocabulário ilustrado que, ao contrário de um dicionário comum, se dá o direito de confundir. Por isso o nome dicionário abstrato ilustrado”.
Não há como uma boa mistura de texto (mesmo que seja apenas uma palavra) com imagem não agrade os observadores. O mais interessante é que Flavio faz exatamente como disse: Continue a ler »Série criativa: dicionário abstrato ilustrado, de Flavio Demarchi
São poucas as coisas que são mais inspiradoras e bonitas que a fotografia de natureza, que possibilita o registro de cenas de tirar o fôlego. É preciso ter um olhar apurado para reconhecer a força de uma paisagem e registrá-la com maestria, como nas fotos que você verá a seguir.
É preciso ter sentimentos apurados a respeito de um momento, para passar a mesma sensação que o fotógrafo sentiu ao imaginar aquela cena emoldurada nos limiter de uma fotografia. Mas também é preciso também ter muita criatividade!
A questão principal das imagens que você verá aqui é que elas não são exatamente o que parecem ser… A montanha distante coberta de neve não é alta, a água cristalina e azul não é molhada e o céu, não é exatamente um céu limpo ou com nuvens. Na realidade, estas cenas foram produzidas em miniaturas, fotografadas como maquetes – a cachoeira da foto acima, por exemplo, foi feita com sal (acredita?). Continue a ler »Fotografia de natureza em miniaturas
Há duas razões para eu ter feito mais um post sobre fotografia de moda. A primeira é que está rolando uma das semanas de moda mais badalas do país (SPFW) e a segunda é que começou uma exposição que apresenta 70 fotografias clicadas pelo primeiro fotógrafo de moda do Brasil. O trabalho de Otto Stupakoff foi escolhido para inaugurar o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, que fica na Av. Afonso Pena, 737 – Centro, até o dia 21 de março de 2010.
Otto sofria de alzheimer e faleceu na madrugada de 22 de abril de 2009. Ele pôde conferir esta exposição de homenagem ao seu trabalho, nos seus dois último meses de vida, enquanto estava no Rio de Janeiro. Começou sua carreira como fotógrafo ainda jovem quando, aos 22 anos, abriu um estúdio em São Paulo em 1957, logo depois de voltar de uma viagem de estudos em Los Angeles, no Art Center College of Design. Sua tragetória profissional começou direto na fotografia de moda e publicidade, mas também realizou trabalhos importantes no fotojornalismo.
Em uma entrevista dada ao jornal A Gazeta, Otto contou detalhadamente como realizou a primeira fotografia de moda no país, em 1958, com a ajuda do estilista Dener Pamplona, de um amigo no Rio de Janeiro e de sua então namorada, a atriz Duda Cavalcanti, primeira garota de Ipanema:
Continue a ler »Otto Stupakoff – o primeiro fotógrafo de moda do Brasil
Todo mundo sabe que fotografia publicitária é um dos estilos que menos se preocupa em retratar a realidade, mesmo porque ela existe para vender sonhos e criar desejos. Com a marca Aorta não é diferente, muito pelo contrário, eles abusam do tratamento em todos os trabalhos para seus clientes – que incluem Toyota, SFR France, Skandia, Rodebjer e Dagens Nyheter.
Aorta é definida pelos seus criadores (os fotógrafos suecos Marco Grizelj e Kristian Krän) como “fotografia de moda semi-documental”, porque sempre retratam episódios do cotidiano, mas abusando do espírito da fotografia publicitária. Eles apresentam imagens cinematográficas, com um nível elevado de manipulação digital, deixando as fotos parecidas com pinturas hiperrealistas. O resultado disso é um mundo plastificado.
Um vídeo que mostra como não basta ter um bom equipamento e um bom olhar, a modelo deve ser escolhida com cautela (sim, há pessoas que nasceram com dom para serem modelos!).
Apesar de ter sido muito criticado por estimular o fumo, o fotógrafo turco Mehmet Ozgur, radicado nos Estados Unidos, realizou um ensaio bem interessante que reúne fotografias de “esculturas” feitas com fumaça. Mas ele alerta que utiliza apenas incensos e nitrogênio liquído para fazer as imagens.
Para conseguir os efeitos, Ozgur sobrepõe várias camadas de fotografias de fumaça, a fim de fazer algo completamente diferente do que a câmera captura. Dá muito trabalho, porque “a fumaça é algo difícil de controlar, mas oferece muita liberdade de composição”, afirma o artista. As imagens são realmente muito interessantes, confira!
Ninguém sabe a verdadeira identidade do autor dessas fotografias. A única coisa que sabemos é que ele é conhecido como Flychelangelo, tem muuuita criatividade e usa moscas mortas como modelos. Chega ser até meio nojento, mas não há como negar que as imagens são bem divertidas. O fotógrafo desenha um cenário a lápis em uma folha de papel e coloca as modelos por cima. O resultado você confere abaixo…
Muito mais que especial, eu diria. Desde 1998 o fotógrafo argentino dá aulas em um curso básico na sua escola de fotografia para pessoas portadoras de “descapacidade mental”, como ele define. Foi depois de morar um tempo no Brasil e nos EUA que, ao retornar ao seu país natal, resolveu dar aulas de fotografia para aqueles julgados “incapazes”.
David Beniluz assumiu que no começo foi difícil aceitar a velocidade de aprendizado de cada um dos alunos. Aprendeu a respeitar o ritmo, a velocidade e a maneira de cada um realizar as tarefas. “Quando comecei o trabalho, queria que eles fizessem as coisas no tempo normal, ou seja, no meu tempo. Tive de rever isso. Nem sempre o mais importante é fazer as coisas bem feitas, muitas vezes fazê-las é o importante”, revela ele em entrevista para antiga revista Fotógraphos.